"Eventos personalizados: Rumo à personalização de eventos extrema"

Dianne Devitt

Dianne Devitt

Reconocida Planner y Productora de Eventos

Entrevistamos a Dianne Budion Devitt, pionera en la industria de los eventos y reuniones. Diseñadora, productora, consultora, ponente, profesora y autora, Devitt es fundadora de DND Group. Actualmente también es presidenta del capítulo de Nueva York de la ILEA (International Live Events Association).

Personalización de Eventos

Mar 03, 2017

Diane Devitt

Estratega de eventos e produtora executiva

Entrevistamos Dianne Budion Devitt, uma pioneira na indústria de Reuniões e Eventos. Designer, produtora executiva, consultora, oradora, professora e autora, Devitt é fundadora do DND Group. Preside atualmente à secção de Nova Iorque da ILEA (International Live Events Association).

Continue a ler e saiba mais sobre o seu percurso na organização de eventos, porque é que os eventos personalizados são o futuro da indústria e como a tecnologia continua a mudar a conceção de eventos.

1 — Há quanto tempo trabalha na indústria de R&E?

Estou envolvida na indústria de Reuniões e Eventos há quase 30 anos.

2 — Como começou a trabalhar nesta área?

Foi a indústria que me encontrou! Eu era trabalhadora temporária numa empresa especializada em permutas de viagens, e eles recomendaram que eu participasse num almoço organizado pela HSMAI. Eu sabia que queria algo que combinasse a minha formação em teatro e as minhas habilitações académicas com os negócios. Conheci a equipa de uma Empresa de Gestão de Destinos chamada Safaris, a primeira empresa multi-cidades nesta categoria, e tornei-me Diretora para o Nordeste. O resto é história.

3 — O que a inspira quando organiza um evento?

Conhecer os verdadeiros objetivos fundamentais que os meus clientes pretendem alcançar e transformar essa visão numa experiência orientada para as pessoas

4 — Hoje em dia, acha que é mais fácil ou mais difícil impressionar os convidados de um evento?

Os eventos e reuniões que produzi e organizei ao longo dos anos estiveram sempre centrados no envolvimento, ou seja, na interação em detrimento do design. Na verdade, acho que hoje é mais fácil porque vivemos numa época em que a descoberta da alegria das experiências tácteis contrabalança o mundo digital em que vivemos.

5 — De que forma está a tecnologia a mudar a conceção de eventos?

A tecnologia está a mudar a conceção de eventos de várias formas, e eu adoro isso! Numa perspetiva de conceção e produção, as opções de efeitos e de experiências sensoriais verdadeiramente estimulantes são infinitas. Conhecer o público, planear e conceber sem distrações e equilibrar o tempo real com a RV ou com outras opções é a próxima fronteira que os organizadores têm de explorar.

6 — Da sua experiência de mais de 25 anos na indústria, como evoluiu o setor de R&E?

Quando comecei a trabalhar na indústria, o organizador só se preocupava com a logística, apesar de a magia dos primeiros tempos ter sido percursora da conceção de reuniões e eventos que hoje conhecemos. Organizavam-se festas temáticas e eventos para interação ou experiências em destinos específicos. Não nos concentrávamos no envolvimento da marca. Pergunto-me se a ênfase que, nessa altura, era exclusivamente sobre as pessoas e a diversão não teria resultados mais duradouros na criação de relacionamentos.

7 — Para onde vai o setor de eventos? Como serão os eventos no futuro?

Os eventos não descendem das RP ou da Publicidade, como foi o nosso caso, enquanto a indústria crescia. A ILEA (International Live Events Association) continua a crescer e a deixar sua marca. A minha previsão é que as Relações Públicas e a Publicidade evoluam cada vez mais para o espaço de Eventos ao Vivo, uma vez que os eventos organizados são a principal forma comprovada para a comunicação pessoal eficaz e para um impacto duradouro.
Os eventos do futuro terão de respeitar as características demográficas dos participantes. Estarão mais centrados nos gostos, na música, no envolvimento e em como personalizar a situação do grupo de forma a satisfazer as exigências de uma sociedade sofisticada. A personalização massiva continuará a evoluir, para que o luxo de uma experiência bem executada não apresente descontinuidades.

8 — No que se refere à organização de eventos, qual é a indústria mais dinâmica?

A indústria do entretenimento.

9 — Na sua opinião, que vantagens existem em organizar um evento num hotel, comparativamente a organizar um evento num outro local?

Organizar um evento num hotel implica vantagens que dependem do evento específico. Existem muitos fatores a considerar, principalmente se estivermos e a falar no branding e noutros critérios. Em geral, as vantagens de se poder dispor dos recursos locais, ou seja, de cadeiras, de mesas e roupa de mesa, da equipa interna de Culinária, de não ser necessário conduzir até chegar ao quarto de dormir e de todas as comodidades incluídas nos hotéis, são apropriadas a eventos e necessidades geográficas específicas. Os hotéis dispõem de espaços flexíveis: alguns são sindicalizados, outros não. Os locais proporcionam uma oportunidade integrada para criar a partir de uma tela em branco OU um ambiente temático que se torna o palco, o espaço e o ambiente. Baseados no objetivo e nas metas, a escolha torna-se óbvia. É difícil dizer, já que existem muitos fatores que têm de ser avaliados antes de escolher.

10 — Qual é a primeira coisa que lhe passa pela cabeça relativamente à organização de eventos, se dissermos:

“Pausas para o café”? garantam que são eficientes; organização funcional; usem urnas de café com grande capacidade! Deixem as máquinas de café individualizadas para as reuniões mais pequenas
“Iluminação”? acentuem o que precisar de ser salientado.Se o palco estiver iluminado mas o mesmo não acontecer com as mesas e/ou estações de restauração, as pessoas não conseguirão ver. É importante que haja muita luz para ler os menus. Usem a iluminação como um efeito em todos os lugares. Existem tantas opções simplesmente incríveis para o design de iluminação.
“Equipamentos e pessoal do hotel”: os equipamentos têm de estar limpos e a funcionar, e têm de existir equipamentos de reserva se necessário. O pessoal do hotel é uma extensão da minha equipa no local e desempenha um papel muito importante, uma vez que a equipa de Eventos irá coordenar os recursos internos.

11 — Qual é a forma que considera perfeita para reservar um local? Prefere contactar o local diretamente ou usar uma ferramenta centralizada (por exemplo, o C-Vent / Starcite)?

De acordo com a minha experiência, vou ter diretamente ou contacto com um colega no espaço do evento. A reserva de hotéis proporciona um critério diferente, com empresas como a Meeting Sites Resource ou a Meeting Evolution, já que tudo aí depende do ROE.

12 — Poderia dizer-nos quais são para si as 3 condições necessárias para que um evento seja um êxito?

Para mim, as três condições necessárias para que um evento seja um êxito são:
Desenvolver um relacionamento aberto com os meus clientes e fazer com que a comunicação flua durante as fases pré-evento, presencial e pós-evento.
Conceber uma experiência que cumpra e ultrapasse o objetivo principal e a visão dos meus clientes, sendo ao mesmo tempo realista relativamente aos parâmetros do orçamento.
Reunir uma equipa experiente e fiável para o trabalho, de forma a minimizar os riscos.
Adicionalmente, temos de desenvolver uma verdadeira experiência sensorial centrada nos participantes e no que for exigido pelos critérios demográficos. Por exemplo, se um grupo for constituído por “aficionados do vinho”, a ênfase seria colocada nas provas. Os nossos sentidos estão a ser intensificados pela tecnologia, e a sua utilização será mais importante do que nunca.

13 — Tem alguma história que gostasse de partilhar connosco?

Sou abençoada por ter tantas histórias para recordar ao longo da minha carreira. Os dois eventos mais importantes (além dos pessoais) e de que me lembrarei sempre foram a organização do casamento da filha de um Pastor local num campo de basquetebol, destinado a toda a Congregação, e o trabalho com o MIT por ocasião do 40º Aniversário da Chegada da Apollo à Lua. Sinto-me grata por ter caminhado com o Primeiro Homem que caminhou na Lua.

E recordo a todos os organizadores de eventos personalizados e aspirantes a organizadores de eventos que esta carreira é um privilégio. Não existe trabalho mais especial do que reunir pessoas por um qualquer motivo, e só isso é que muda verdadeiramente o mundo, um evento de cada vez.

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